A cidade se modifica, as pessoas se tornam outras. De
repente, ou talvez nem tanto, estranhas diferenças se tornam
visíveis, como uma estação do ano que começa, mas ao invés de
pássaros migrarem são turistas, por todos os lados pessoas
armadas de cameras fotograficas.
Os nativos também sofrem uma metamorfose, assim como cobras trocas de pele,
os residentes locais começam a mudar seu vestuário, usando os trajes típicos da
região, homens vestem calças de couro ridículas e as mulheres vestem DIRNDL
(acreditem, esta palavra é pronunciável, com todas as letras).
Mas… É setembro!
Isso significa que é tempo de Oktoberfest!!!
Antes que você cometa a cagada de vir visitar minha atual cidade no mês de
outubro, se informe.
A festa comemora o casamento da princesa Theresa (não me perguntem quando) e
a festa foi tão boa que durou um mês inteiro. Só que com o passar dos tempos a
festa foi reduzida para 3 semanas com 4 finais de semana.
Com o passar de mais tempo ainda, a festa foi se tornando a comemoração de
que o mês de outubro estava começando, então era meio a meio, 10 dias em
setembro, e 10 em outubro.
E daí as Alemanhas se unificaram, num dia 3 de outubro (foi em 1989, eu
lembro que vi na TV, mas para mim deu na mesma, porque para mim alemão é tudo
igual). Então, hoje em dia a festa não tem data para comecar, mas acaba sempre
dia 3 de outubro, faça chuva ou faca sol, mas até agora sempre fez chuva.
A festa é tudo que um alemão poderia desejar, cerveja cara e música brega, a
festa começa as 10 da manhã e lá pelo meio dia já tem gente voltando
completamente bêbado para casa. Um sinal interessante de que é época de
Oktoberfest sao as poças de vômito que surgem pelos cantos da cidade, em toda
estação de metro, sem comentar o que encontramos dentro dos trens.
Mas, depois de um ou dois ou três litros da melhor cerveja bávara, tudo é
festa e o negócio é aproveitar até a ressaca chegar.
Texto e link Israel Barros
ocabulosodestino
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